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30/07/2014

Me esforço pra ser fácil e me finjo de difícil...


Certamente vocês conhecem a frase e o conceito que diz: “O que vem fácil, vai fácil”.

E você também conhece, e provavelmente sente mais apego com tudo que foi mais difícil de conseguir.

Eu também fui programada assim... mas faz tempo que tempo desprogramar essa função.

Porque não quero me apegar a coisas e/ou pessoas que são difíceis demais... coisas que você tem que se sacrificar até a alma pra conseguir... e deixar de lado todas as coisas e pessoas que estão ali com “fácil acesso”.


Vejam, não precisamos levar isso ao pé da letra... e tenho aqui que tentar que fique claro de que dificuldade estou falando.

Não falo de agendas ou distância. Falo de jogos, de dissimulações e grandes sacrifícios pra atingir objetivos que, se pensarmos bem, nem mesmos são nossos por desejo próprio, mas sim imposições.

E um dos mais dolorosos pra mim como mulher: Ela não merece respeito porque é fácil.

Aqui a gente entende que estão falando de que essa mulher vai pra cama/faz sexo livremente (no primeiro encontro, com mais de uma pessoa etc.).

Quando se a gente falar, sem contexto sexual, que um homem é fácil. Dificilmente vão pensar logo de primeira que ele é fácil de transar. (E também se pensarem isso, não vai ferir a imagem desse homem)



(Vamos ser fáceis. Ações simples para criar uma vida extraordinária)



Resumidamente, o que quero dizer e quero reprogramar em mim é:

Que os sins, sejam sins e que os nãos sejam nãos.

Que a gente não tenha que parecer nada que não seja.

Que a gente não tenha que fingir nada. (na medida do possível... eu sei, também tenho que manter emprego, também não posso chocar muito meus pais, também tenho que me preservar nesse mundo escroto machista pessoaforadopadrãoFóbico).

Mas que cada vez mais, com as pessoas mais próximas e SOBRETUDO com nozes mesmas, a gente possa ser fácil, extremamente fácil.

11/07/2014

Sobre o direito de broxar.


Não me levem a mal.
Como feminista, defendo intransigentemente que os padrões tradicionais de gênero precisam ser desconstruídos. O masculino e feminino são puramente construções sociais (existe uma discussão mais complexa sobre isso, mas pararei por aqui).

O modelo de masculinidade estabelecido pelo patriarcado causa alguns incômodos para os homens. Não tenho dúvidas sobre isso. É muita pressão ter que ser viril, ter que ter o pau grande, ter que ser bem sucedido, tem que sustentar a família, não poder chorar, não poder usar saia, ter que ser agressivo, ter que ser possessivo, ter que ser heterossexual.

Tudo isso é muito chato.
E eu concordo mesmo que esse padrão de masculinidade precisa ser jogado no lixo.
Mas sabe o que é mais chato ainda?

Não poder ser viril, não poder ser forte, ter ser submissa, não poder sentir prazer sexual, não conhecer seu próprio corpo. 

Sabe o que é mais chato ainda? 

Não poder sustentar a família, ter que chorar todos os dias, ter tripla jornada de trabalho. 

Sabe o que é mais cruel ainda? 

Ser estuprada, ser assediada na rua todo santo dia, não poder entrar no mesmo vagão de metrô que os homens, engravidar e ser largada, se responsabilizar sozinha pela maternidade, morrer com agulhas de crochês perfuradas no útero porque não podia levar aquela gravidez adiante.

E eu nem vou continuar falando dos salários mais baixos, das tapas na cara, da lesbofobia, da pobreza e do racismo. Vocês vivem num mundo que não podem broxar, nós vivemos num mundo que não podemos ser gente. 

Nós precisamos nos libertar. 

Vocês precisam se responsabilizar.

Pela Jovem e Brilhante Nathália Diórgenes
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Sobre a campanha 
“Homens Libertem-se”  

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