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02/12/2013

E se fosse ao contrário?

Porque você pode morrer aí me dizendo que estou exagerando... mas é só você mesmo pensar qual seria seu julgamento pra uma mãe que abandona um filho e para um pai que o faz.

E nem venha me dizer que é o mesmo julgamento.

E não me venha com a pala de que "não sei os outros, mas eu julgo igual, vejo a mesma gravidade"

Porque mesmo que seja verdade, o mundo não é composto de "você".

Assim, rapidão...


1. Onde diz que nós, todas feministas, achamos O LULU lindo?

2. Vocês podem ficar com tendinite de tanto digitar sobre o tema, mas antes de gastar tanta energia focando na superfície desses app, verifiquem o cenário.


Gatas e gatos achando que é uma revanche ao LULU... Que as Feministas todas adoraram... cês tão viajando.


Nós  (e nem posso falar por todas) não achamos nada demais ou mesmo bem fraquinho, pra gerar tanta polêmica.


O LULU é nada... a reação a ele é que nos diz alguma coisa.


Os boys se sentindo usados, vocês não fazem nem ideia... O app não chega e nem chegará perto da objetificação que as mulheres são submetidas.


E pra os mau entendedores uma explicação que infelizmente se faz necessaria:

Quando dizemos que os homens não são capazes de sentir o que sofrem as mulheres, a gente não tá querendo que eles/vocês sofram não... O que queremos é empatia. Tente se colocar no lugar das mulheres, honestamente, e aí você também vai achar que o LULU pode ser qualquer coisa... menos uma "vingança" ao que as mulheres sofrem... se fosse, se existisse meio capaz de fazer os homens saberem e sentirem e vivenciassem a nossa rotina... NOSSA, o machismo acabaria de um dia para o outro... Porque meus caros, a parada é hardcore!

08/10/2013

PARA DIGERIR NA MASCULINIDADE



O pior machismo é aquele que está intrinsecamente emaranhado numa branca, felpuda e macia pele de cordeiro.
É aquele que, disfarçado de elucubrações coerentes, dispara discursos apropriados de um libertário espírito danoso, onde a igualdade de gêneros é usada, sempre, em favor do macho. Fragilizado quando lhe convém, oprimido quando lhe é favorável. Vitimado pela "modernidade", chega a se considerar um "prafrentex", não passa de um "pseudo-cabeça".

Uma mulher livre e autônoma, incomoda esse machismo! Que se retorce em argumentos condicentes, que apela para o bom senso, que esvazia o discurso, que se perde e grita sem palavras pronunciar a não ser asneiras.

Uma mulher liberta da culpa patriarcal, que condena a mãe carreirista e conservadora da sua individualidade, incomoda esse machismo que retrocede seus ideais de entendimento e compreensão do universo feminino, se entrega.

Uma mulher que se reconhece "ser", antes de ser mãe reconhecida, incomoda esse machismo!

Uma mulher que assume seus desejos de maneira inescrupulosamente aberta, que desenvolve relações de maneira orgânica, sem o jogo "cultural respeitoso", incomoda esse machismo!

Esse machismo se reveste de uma vontade quase doentia de não existir, de não aparecer, de ser invertido aos olhos sociais. Rondando os criadores, artistas, pensadores, subversivos, ativistas, libertários, filósofos... Onde se prega a liberdade de pensamento e ação, a tolerância entre as diferenças, a possibilidade de convívio entre desigualdades que nos tornam únicos. É a questão de gênero, a oposição macho - fêmea que ainda representa o maior desafio sociocultural. É esse o paradigma master!

A mulher, continua sendo a cachorra, irresponsável. A serpente usurpadora!

A mulher, continua sendo fácil, indigna de confiança.

E os "cabeças"! Não evoluíram nada, viu?!

Quanto a mim, continuarei incomodando a todos!

Continuarei fazendo da minha simples existência a maior de todas as resistências!

Beijo, não me liga!

Vi Brasil

19/09/2013

O Renascimento do Parto



Vai fazer umas três horas que eu vi e ainda estou extasiada... sem medo de errar um MUST SEE! De uma beleza e uma delicadeza embalando os momentos de dor e aqueles da mais genuína alegria e emoção.

Não importa se você é homem ou mulher, se
 você já teve, se você quer ter, se você não quer ter filhos, se você é médico, da área de saúde, de área nenhuma, de qualquer outra área, se você é da "cidade" ou "do interior", se você é pobre ou rico.

Porque é muito mais do que um filme sobre parto: é um filme sobre medicina e ciência, mitos e dogmas, saúde pública, corporativismo e capitalismo... é pra gente repensar as "verdades atuais", nossa cultura, a relação entre tecnologia e saúde, o que a gente considera modernidade e avanço científico.

Sobre o empoderamento da mulher, conexão, ligação e religação com nossa natureza, acolhimento, beleza.

É um filme sobre o nascimento de todos nós, é um filme sobre o amor, é um filme sobre a vida!

Versão "extendida" do trailer: http://www.youtube.com/watch?v=3B33_hNha_8

Por Erika Pessoa

Meninos também brinca de boneca.

O machismo é tão gritante e abusivo que, quando 

uma mulher cuida de uma criança do companheiro que não 

seja proveniente dela, independente do gênero, é normal, 

não há nenhum alvoroço em relação a isso.


Quando um homem, se dispõe a cuidar de uma criança da 


companheira que não é dele, é tido como desajeitado e 

sem responsabilidades pra cuidar de uma criança.

Vamos gente, cada dia mais reforçar a divisão por 


gênero,fazendo disso um mundo pior.




Por Késia Salgado


Virgindade



Eu gosto de usar como termômetro - para perceber se um tema ainda é muito polêmico junto à sociedade - a quantidade de xingamentos
 que um debatedor de contra-cultura recebe após um debate sobre este tema polêmico (virgindade), ou mesmo que o autor de um texto recebe após uma matéria polêmica.

Pelo nível dos comentários na página oficial do veículo do debate ontem, em foto feita no momento do debate, eu percebi
 que estamos muito bem, obrigada, com relação à superação do ~suposto~ retorno da polêmica sobre virgindade. O xingamento mais agressivo que eu recebi (e acho que o único, no restante dos comentários as pessoas se preocuparam mais em colocar os seus pontos de vista) foi o de 'ridícula'.

Fiquei feliz com o ridícula, porque ele significa que passamos essa página, virgindade não é mais tabu, mesmo que alguns grupos queiram reativá-la como regra de conduta para as mulheres, esses grupos são minoria absoluta.

E VIVA A LIBERDADE SEXUAL!!!! \o/


Por Paty Sampaio

06/08/2013

Força na peruca e otras cositas mas...



Há exatos 5 meses iniciei o processo de permitir meu cabelo crescer sendo quem realmente ele é: Cheio de seus cachos, voltas e volume. 

Comecei vendo vários blogs, revistas e vídeos de incentivo para me motivar e me motivei. Na prática nada é tão fácil como possa parecer, mas compensador. É aposentar secador, chapinha, trocar a sessão de quimicamente tratados por cacheados, é pesquisar produtos que tirem o máximo do efeito das progressivas que você já fez, é querer cortar bem curto, é esquecer as visitas periódicas ao salão "pra retocar a raiz" e quando chegar a ir lá, falar prx cabeleireirx que seu cabelo tá crescendo natural então que elx nem venha te amolar com papinho de alisamento ou relaxamento. 

O que eu não esperava é que essa transição começaria a acontecer de dentro pra fora, num processo de me reconhecer uma mulher negra, com raízes negras que renegava isso involuntariamente ou não, utilizando processos estéticos fundamentados numa lógica racista de que meu cabelo precisava ser alisado e sem volume pra ser bonito. NÃO! Meu cabelo é lindo e eu não lembrava, já que comecei a alisa-lo aos 9 anos de idade. 

Ainda tenho várias fotos por aqui, de um tempo não muito distante com ele liso, chapado e lambido. Confesso que ás vezes olho e não me vejo. Deixar de alisar, pra mim foi e é acima de tudo reconhecer, assumir e respeitar quem eu sou. Não sei ainda como meu cabelo vai ficar, mas tenho certeza de que estou muito feliz com isso. 


Agradeço ás pessoas que estão me ajudando nessa estrada com cada palavra, dica e elogio. 



Desejo força não só na peruca, pra todas que encontrei no caminho e que também estão nessa mudança. Mudança com cheiro de resistência e mulher linda meu bem, é a que luta.


Rebeca Santana é feminista, mãe e uma fofa (entre milhares de outras coisas) e está junto conosco nos nossos devaneios diários.


Parabéns Beca!

04/06/2013

Eu também sinto calor

Veja bem, meu bem: alguma hora, você vai fazer uma opção e eu espero que ela seja a melhor pra você e para os seus.
Tem pessoas que escolhem viver em um mundo, onde peitos de fora, são considerados falta de civilidade, mesmo que o protesto seja em nome da defesa do nosso corpo, muitas vezes violentado, molestado, agredido. É um peito. É O MEU peito.
Tirar a roupa é um detalhe. É dizer que mesmo oprimida, tu tem a coragem, não só de mostrar os seios, mas de argumentar, de dizer que tua ideia não é chamar a atenção, virar sensação, se expôr a toa. Dizer que engolir choro não é mais fácil que tirar a blusa, mas que é o mais corriqueiro, porque a sociedade em que vivemos prefere o silêncio. Eu tenho mais medo de silêncio, que de crítica E TAMBÉM SINTO CALOR.
Somos várias de peito de fora do lado das que estão em silêncio, do lado das que estão gritando, do lado das que não tiram a blusa, do lado das mães, das lésbicas, das carecas, das negras, das desempregadas que levam a vida devagar pra não faltar amor, das já libertas, das ainda presas.
Eu sonho com um mundo onde os questionamentos não sejam mais: "mas, o que ele vai pensar?" Porque eu quero estar apaixonada por homens inteligentes, que não comparem um peito de fora a um corpo avulso. Amor é uma coisa deliciosa de sentir e se não é todo, não é necessário. Sabe aquilo de quem ama, ama todas as partes? Eu sonho ela "tenha peito", como eu.
Eu sonho com um mundo onde meu emprego seja mantido pelo meu trabalho, pela minha capacidade no desenvolvimento dele. E sonho, ah, eu sonho, que as pessoas sonhem. Se a gente pudesse balancear, para cada mulher de peito de fora, menos uma violência sexual, eu ia sair pelo meio da rua, pedindo por tudo o que há de mais sagrado, pra mais mulheres tirarem a roupa. Sonhando.
Quem tirou a foto foi a minha mãe. Conversando com ela, me vem: deixa eu fotografar? E eu sentei, com vergonha, claro. É minha intimidade. É muita coisa em jogo. É o resto da minha vida. MAS É MINHA LUTA. É MINHA DEFESA. E foi minha mãe, a mulher mais de luta que eu já conheci, quem fotografou. Hoje, quem mais me viu exposta, foi ela.
Te cuida seu machista. A América Latina vai ser toda feminista.

Copiei esse texto e foto da Bárbara Vasconcelos porque achei emocionante, corajoso e cheio de esperança.
Definitivamente combina com os nosso Devaneios =D




03/06/2013

Perfil padrão x Perfil subversivo

Perfil padrão: Eu sou Patrícia, tenho (quase) 39 anos, sou dentista, me especializei em Endodontia (tratamento de canal) e adoro minha profissão, trato meus pacientes da forma mais humanizada possível, porque detesto o estigma a Odontologia ainda carrega e faço de tudo para quebrar isso. Sou casada, monogâmica, heterossexual, fui batizada como Católica, e tenho dois filhos. Tenho um apartamento e tenho um Uno 1.0 que me leva pros cantos. Moro em Boa Viagem e tenho celular, mas sou pobre.





Perfil subversivo: Eu sou Patrícia, tenho 39 anos, sou militante feminista VADIA, daquelas ferrenhas. Apoio o poliamor, mesmo sendo monogâmica. Apoio o movimento negro, mesmo sendo branquela. Adoro ficar pelada e não enxergo a nudez como crime, mas como natural. Apoio o movimento LGBT, mesmo sendo hétero. Simpatizo demais com o candomblé, com o espiritismo e com o ateísmo, e não tenho nada contra religiões que pregam o AMOR como bem comum, desde que esse amor não exclua nenhum grupo. Portanto, sou contra religiões que oprimem outras opções de credo e que oprimem um gênero ou orientação sexual. Apoio o parto humanizado, meus dois filhos nasceram de parto normal e minha caçula nasceu em um LINDO parto domiciliar. Casei de novo. De novo. De novo. Detesto o corporativismo médico, apesar de ser da área de saúde, porque acho que ele tem prejudicado a saúde das pessoas de uma forma geral, porque eu acho que saúde não pode ter exclusivamente fins lucrativos. Sou anti-capitalista. Não uso absorvente menstrual (pergunte-me como). Não tenho TV em casa por opção. Apesar de ter um apartamento próprio (que é uma zona), apoio o grupo Direitos Urbanos e sou contra o Projeto Novo Recife, porque gostaria que meus filhos vivessem numa cidade mais humana. Quero muito morar em uma casinha na zona norte da cidade, com uma pracinha perto, para que meus filhos tenham mais espaço e uma infância mais ~infantil~, e ainda realizo esse projeto. Sou cicloativista e tenho Olga, minha bike que me dá muito mais prazer de ir pra a rua - coisa que eu adoro - do que meu carango. Adoro sexo, gozo fácil, dou na primeira vez (quando eu quero) e falo abertamente sobre o assunto, apesar de ser mulher. Falo palavrão pra caralho, apesar de ser mulher. O marido divide as tarefas domésticas e com meus filhos, apesar de ser homem. É um companheiraço. Danço até o chão, apesar de ser uma 'mãe de família', bebo cerveja pra cacete, como miúdo de galinha no Empório depois da farra e já cansei de subir em mesa de bar. Sou amostrada que só. E briguenta.




Gente. Chega disso tudo. É tão simples, porra. Por que algumas pessoas que me amam querem que eu priorize um perfil e esqueça o outro, se ambos significam EU? E olha o tamanho do meu EU subversivo, ele tem uma importância ENORME na minha vida. Não priorizá-lo junto com o outro seria matar metade de mim (ou mais da metade), de minha motivação para estar viva e saber que faço parte de uma rede que quer mudar o mundo. E olhe que tem muita coisa pra mudar nesse mundo. Não queiram roubar isso de mim, porque vocês não vão conseguir, além de não terem esse direito.






Postado pela Paty no Facebook e autorizado por ela a ser postado aqui <3




30/05/2013

A culpa NUNCA é da vítima!

Tô emocionada, algumas pessoas entenderão o porquê, outras não.

Eu sou vadia, vou à Marcha das Vadias e em 2013 até ajudei a organizar a de Recife... E sempre que tenho a oportunidade eu falo sobre isso (quem é feminista ativista sabe como é) e sair de um lugar, depois de conversar com algumas pessoas que nem sobre a Marcha tinham ouvido falar, e ver que elas entenderam, pelo menos, um dos X’s da questão traz lágrimas aos meus olhos.

- Mas você veja, por exemplo, tinha uma moça hoje na porta da boate, toda arreganhada, desacordada, ao deus dará.

-Certo.

-Então, ela tem toda a responsabilidade por estar naquele estado, bebeu demais e ficou jogada na rua.

-Ok, é verdade, beber até cair é mal demais. Mas em relação a ser estuprada estando neste estado?

- Então, tá errado, mas...

- Esse é o ponto, é esse “mas” que tá errado. Porque de tantas coisas pra gente pensar a respeito dessa moça caída, a que parece mais natural é ela ser violentada? Claro que ela bebeu até cair, mas eu posso ter o direito de beber até cair e ficar caída? Ou alguém pode se dispor a me ajudar? Ou só é possível imaginar a possibilidade de ser estuprada?

_ Aaahhh tô entendendo, então a Marcha quer tirar essa naturalização de achar que a moça merece ou tá pedindo pra ser estuprada, né?

- Isso, entre outras coisas, mas é importante não naturalizar isso, é importante não culpar nunca a vítima! =’)

Além dessa conversa que me deixou muito feliz, outro rapaz que ouvia ficou conversando comigo depois de eu dizer:

- Vejam só, a diferença entre assalto e estupro é que ninguém defende o assaltante.

Ele ficou refletindo sobre isso e me disse que falando assim realmente, sempre se procuram justificativas pro estuprador.


Enfim, foi uma conversa rica, de uns 40 minutos, mas ganhei o dia.




Foto:Ilana Costa

27/05/2013

Marcha das Vadias - Recife -2013



O sorriso ainda está estampado na minha cara.

Meu coração está cheio de alegria e esperança.

Meu corpo tá dolorido e cansado.

Minha bateria está carregadíssima pra esse ano de lutas diárias.

Já não vejo a hora da próxima MV-Recife hehehehe


Ajudar a organizar a Marcha dá trabalho, estressa, dá até briga... Mas ver a Marcha acontecer, todas as pessoas que estão lá, as que você já esperava (porque estão no mesmo grupo de convívio) e ter surpresas, como ver seu irmão cantar :

" Vem, vem, vem pra luta vem contra o machismo"

...batendo palmas, marchando ao seu lado... é coisa que só vivendo pra entender.

Poder gritar, bater palmas, rir, chorar, se arrepiar e tudo ao mesmo tempo... é mágico.

“A nossa luta é todo dia, contra o machismo, o racismo e a homofobia” e é todo dia mesmo...e cansa, e desgasta e dá vontade de mudar de planeta, de sumir...

Aí você corre até as suas amigas, e você chora de ódio...e aí você bate na mesa... Você ri, suas companheiras de luta te pegam pela mão e dizem: Você não está sozinha!


Você faz amizades com feministas do mundo afora porque se acharam na mesma postagem machista e juntas discutindo com  reaças/mascus/escrotos da vida.

Você vê um contato de Face mudando de postura... Você gasta horas e horas de digitação e saliva explicando mais uma vez algum ponto.


 Você se sente parte da mudança! 


Você é parte da mudança!





26/04/2013

Mudar o mundo...




,

Eu necessito mudar o mundo, por que do jeito que está, está difícil pra muita gente, está humilhante, está rastejante ser humano.
Todos os dias vemos casos de violência e todas as dissidências que ela pode causar: machismo, homofobia, racismo, infanticídio, intolerância religiosa e cultural...

E porque eu vou ficar com a bunda no sofá, esperando um cometa cair ou extraterrestres descerem de espaçonaves, abduzindo pessoas e mudando seus conceitos conservadores e fundamentalistas (esses males que nem antigamente eram válidos, imagine agora), implantando chips que contenham amor, respeito pelo próximo?


Porque isso não vai acontecer, simples assim.


Eu sei que algumas pessoas acham que vai, mas, para mim, não vai. Então não é válido para me manter em uma zona de "conforto".


Luto por todas as causas que combatam a opressão e a violência. Luto por todXs. Luto para que eu não faça de minha vida a repetição dos discursos padrões implantados por terrestres que acham que dinheiro, poder e individualidade são a receita do sucesso.


Luto pela mudança e por acreditar que podemos viver algo melhor. A mudança é lenta,quase parando,mas, de repente,assim como meu clique em sair do conformismo, algo muda para melhor.


Meus devaneios de uma madrugada insone e sonhando de olhos abertos com o mundo mais respeitoso para todXs. Quase um mês sem texto. É que as jovens feministas estão loucas organizando a Marcha das Vadias do Recife. Em breve, tem post sobre isso, aguardem.




27/03/2013

Eu sou feminista? Será?

“Conversation started April 18, 2012
 
Paty Sampaio Carvalho


Com certeza. Podíamos marcar uma cervejinha e começar a conversar, de repente surge o grupo.  Ah, e se vc diz que é verde com relação ao feminismo, pode ter certeza de que não. Tu é uma feminista nata, mulé!  Só o fato de vc pensar em relacionamento aberto e ser contra a monogamia mostra isso. Porque essa 'monogamia de fachada' é um dos benefícios da cultura machista para os seres do sexo masculino, tá ligada?”

Então quer dizer que eu sou feminista? C-H-O-C-A-D-A!

Tava lá eu, vivendo os dias da minha nada mole vida, questionando os padrões de relacionamento (a fim de encontrar mais pessoas que compartilhassem dessas ideias) e me revelam essa verdade, agora completamente aceita: EU SOU FEMINISTA.


E quando me dei conta do que feminismo significa percebi: SEMPRE FUI FEMINSTA!

Filha de um casal bastante padrão, irmã de um menino quase da minha idade.


Ao crescer numa casa onde, a mãe cuida das crianças e da casa e o pai trabalha fora, fui vendo que o tratamento não era igual. (ainda hoje não é)

A menina (eu) deveria lavar os pratos, ajudar a mãe e aprender a tomar conta de uma casa, o menino estava lá fora jogando futebol, bola de gude e afins.

Eu diria até que o feminismo em mim nasceu da grande indisposição para os serviços domésticos. (Hehehe)


Mas o tempo passou, os questionamentos demoraram a acontecer na minha cabeça.
Eu ia vivendo minha vida da maneira que eu podia levar com a grande preocupação, acima de tudo, de trabalhar. Depois me veio a vontade de estudar, porque eu precisava de um emprego melhor. Junto com a maturidade que a idade e as vivências trazem, os questionamentos vieram também.

O grande boom do feminismo aconteceu por causa do fim do meu namoro (namorei por 10 anos). A princípio a vida fica louca quando algo assim intenso acontece, mas ao ir me adaptando a nova realidade, preocupações que a minha família, até então, não tinha comigo apareceram. E eu, no alto dos meus 26 anos, passei a ser severamente interrogada sobre os meus movimentos, a ser questionada sobre o meu futuro (agora incerto, já que o esperado era que eu me casasse e tal e coisa).

Aí comecei a viver privações que até então eu não tinha, e perceber o quanto era perigoso sair sozinha e todas essas coisas me incomodaram demais.

Mas a vida continuava basicamente igual, eu tinha os mesmos amigos e amigas e adicionei mais alguns (é, eu faço amizades) e as conversas, o facebook, o ciberativismo e tantos fatores me capturaram. Enfim eu estava ciente: TEM ALGO MUITO ERRADO NISSO TUDO.



“e até quem me vê lendo jornal
na fila do pão sabe que eu sou feminista”




Eu poderia escrever muito mais sobre isso, e vou. Mas nessa primeira apresentação basta dizer que o feminismo me trouxe muita coisa boa, mas também é muito difícil.

A realidade te choca, as lágrimas não raro escorrem pelo seu rosto. Importante ressaltar que algumas são de alegria também.




Tem muita gente trabalhando por um mundo melhor, trabalhar pelo feminismo me fez conhecer um monte de gente que luta e faz parte dessa corrente do bem e minhas caras e meus caros EU TOU NESSA!

A nossa luta é todo dia, mas saibam que essas batalhas diárias são cheias de sorrisos e gargalhadas, diálogo, discussões e a gente até pega umas brigas, mas muitas vezes é só pra aproveitar o calor do momento. A gente é da paz e do amor (com calor, por favor).

Falando por essas Jovens Feministas e pela grande maioria das feministas atuantes que eu conheci nesse 1º ano de ativismo, é uma luta por igualdade. Haverá más interpretações de todos os lados, mas no fim das contas a gente quer respeito... E olhem bem de cima essa imagem, amplie ao máximo o quadro e quando eu falo de respeito é sobre o ser humano que eu sou e não o fato de eu ser mulher e andar ou não sem roupa. (esse trecho é só pra ver se eu elimino um ou dois comentários a respeito de mostrar os peitos, porque véi, ZZZZzzzzz)

ps:


"de repente surge o grupo" que Paty falou lá naquela nossa primeira conversa, virou mais que um grupo... nóis se amamo de mói e tamo juntxs nessa vida e não deu jeito da gente se largar!


Somos Vadi@s on Fun e vocês vão ouvir falar de nós ;)





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