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30/05/2013

A culpa NUNCA é da vítima!

Tô emocionada, algumas pessoas entenderão o porquê, outras não.

Eu sou vadia, vou à Marcha das Vadias e em 2013 até ajudei a organizar a de Recife... E sempre que tenho a oportunidade eu falo sobre isso (quem é feminista ativista sabe como é) e sair de um lugar, depois de conversar com algumas pessoas que nem sobre a Marcha tinham ouvido falar, e ver que elas entenderam, pelo menos, um dos X’s da questão traz lágrimas aos meus olhos.

- Mas você veja, por exemplo, tinha uma moça hoje na porta da boate, toda arreganhada, desacordada, ao deus dará.

-Certo.

-Então, ela tem toda a responsabilidade por estar naquele estado, bebeu demais e ficou jogada na rua.

-Ok, é verdade, beber até cair é mal demais. Mas em relação a ser estuprada estando neste estado?

- Então, tá errado, mas...

- Esse é o ponto, é esse “mas” que tá errado. Porque de tantas coisas pra gente pensar a respeito dessa moça caída, a que parece mais natural é ela ser violentada? Claro que ela bebeu até cair, mas eu posso ter o direito de beber até cair e ficar caída? Ou alguém pode se dispor a me ajudar? Ou só é possível imaginar a possibilidade de ser estuprada?

_ Aaahhh tô entendendo, então a Marcha quer tirar essa naturalização de achar que a moça merece ou tá pedindo pra ser estuprada, né?

- Isso, entre outras coisas, mas é importante não naturalizar isso, é importante não culpar nunca a vítima! =’)

Além dessa conversa que me deixou muito feliz, outro rapaz que ouvia ficou conversando comigo depois de eu dizer:

- Vejam só, a diferença entre assalto e estupro é que ninguém defende o assaltante.

Ele ficou refletindo sobre isso e me disse que falando assim realmente, sempre se procuram justificativas pro estuprador.


Enfim, foi uma conversa rica, de uns 40 minutos, mas ganhei o dia.




Foto:Ilana Costa

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