“Conversation
started April 18, 2012
Paty Sampaio Carvalho
Com certeza. Podíamos marcar uma cervejinha e
começar a conversar, de repente surge o grupo. Ah, e se vc diz que é
verde com relação ao feminismo, pode ter certeza de que não. Tu é uma feminista
nata, mulé! Só o fato de vc pensar em relacionamento aberto e ser
contra a monogamia mostra isso. Porque essa 'monogamia de fachada' é um dos
benefícios da cultura machista para os seres do sexo masculino, tá ligada?”
Então quer dizer que eu sou feminista?
C-H-O-C-A-D-A!
Tava lá eu, vivendo os dias da minha nada mole vida, questionando os padrões de
relacionamento (a fim de encontrar mais pessoas que compartilhassem dessas
ideias) e me revelam essa verdade, agora completamente aceita: EU SOU
FEMINISTA.
E quando me dei conta do que feminismo significa
percebi: SEMPRE FUI FEMINSTA!
Filha de um casal bastante padrão, irmã de um menino quase da minha idade.
Ao crescer numa casa onde, a mãe cuida das
crianças e da casa e o pai trabalha fora, fui vendo que o tratamento não era
igual. (ainda hoje não é)
A menina (eu) deveria lavar os pratos, ajudar a mãe e aprender a tomar conta de
uma casa, o menino estava lá fora jogando futebol, bola de gude e afins.
Eu diria até que o feminismo em mim nasceu da grande indisposição para os
serviços domésticos. (Hehehe)
Mas o tempo passou, os questionamentos demoraram
a acontecer na minha cabeça.
Eu ia vivendo minha vida da maneira que eu podia levar com a grande
preocupação, acima de tudo, de trabalhar. Depois me veio a vontade de estudar,
porque eu precisava de um emprego melhor. Junto com a maturidade que a idade e
as vivências trazem, os questionamentos vieram também.
O grande boom do feminismo aconteceu por causa do fim do meu namoro
(namorei por 10 anos). A princípio a vida fica louca quando algo assim intenso
acontece, mas ao ir me adaptando a nova realidade, preocupações que a minha
família, até então, não tinha comigo apareceram. E eu, no alto dos meus 26
anos, passei a ser severamente interrogada sobre os meus movimentos, a ser
questionada sobre o meu futuro (agora incerto, já que o esperado era que eu me
casasse e tal e coisa).
Aí comecei a viver privações que até então eu não tinha, e perceber o quanto
era perigoso sair sozinha e todas essas coisas me incomodaram demais.
Mas a vida continuava basicamente igual, eu tinha os mesmos amigos e amigas e
adicionei mais alguns (é, eu faço amizades) e as conversas, o facebook, o
ciberativismo e tantos fatores me capturaram. Enfim eu estava ciente: TEM ALGO
MUITO ERRADO NISSO TUDO.
“e até quem me vê lendo jornal
na fila do pão sabe que eu sou feminista”
Eu poderia escrever muito mais sobre isso, e
vou. Mas nessa primeira apresentação basta dizer que o feminismo me trouxe
muita coisa boa, mas também é muito difícil.
A realidade te choca, as lágrimas não raro escorrem pelo seu rosto. Importante
ressaltar que algumas são de alegria também.
Tem muita gente trabalhando por um mundo melhor,
trabalhar pelo feminismo me fez conhecer um monte de gente que luta e faz parte
dessa corrente do bem e minhas caras e meus caros EU TOU NESSA!
A nossa luta é todo dia, mas saibam que essas batalhas diárias são cheias de
sorrisos e gargalhadas, diálogo, discussões e a gente até pega umas brigas, mas
muitas vezes é só pra aproveitar o calor do momento. A gente é da paz e do amor
(com calor, por favor).
Falando por essas Jovens Feministas e pela grande maioria das feministas
atuantes que eu conheci nesse 1º ano de ativismo, é uma luta por igualdade.
Haverá más interpretações de todos os lados, mas no fim das contas a gente quer
respeito... E olhem bem de cima essa imagem, amplie ao máximo o quadro e quando
eu falo de respeito é sobre o ser humano que eu sou e não o fato de eu ser
mulher e andar ou não sem roupa. (esse trecho é só pra ver se eu elimino um ou
dois comentários a respeito de mostrar os peitos, porque véi, ZZZZzzzzz)
ps:
"de repente surge o grupo" que Paty
falou lá naquela nossa primeira conversa, virou mais que um grupo... nóis se
amamo de mói e tamo juntxs nessa vida e não deu jeito da gente se largar!
Somos Vadi@s on Fun e vocês vão ouvir falar de nós ;)
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ChoreY and ameY.
ResponderExcluirPorque quando as minorias se unem e descobrem que são a maioria,nada mais é do mesmo jeito.
Ixi. Emocionei. Que surpresa boa. <3
ResponderExcluirArrasou, Ruivaaaa!
ResponderExcluirPróximo texto de quem será?
Que lindoooo!!!
ResponderExcluirVcs vão ouvir falar de nós ;) Ounnn...
Parabéns, vermelha. Vermelha de amor, vermelha de revolução. Gostei muito da proposta desse teu espaço e desejo que muitas pessoas possam ter o prazer de vir aqui conhecer um pouco do feminismo, e muito mais da Ju.
ResponderExcluir;) Rafa Mattos
pois é, a vida fica mais complicadinha mesmo quando abrimos os olhos pra quantidade gigantesca de absurdos q, até pouco tempo, passam batido nos nossos cotidianos, e é triste ver pessoas q sao nossos amigos e amigas mas que nao compartilham da nossa visão continuarem a agir de uma forma machista :/ mas vale a pena ! e mais do que valer a pena ou nao, é uma obrigação, quem sabe o q eh o certo TEM q fazer algo :) ai ao inves de pensar q tou num mundo com mais dores, eu penso q tou num mundo com a dolores :** e tudo fica melhor :DD (trocadilho ruim ne ? eu sei haha)
ResponderExcluirO Blog tava meio largado, mas voltamos 0/
ResponderExcluirSó vi os comentários agora hahahaha Me chamem de lerda!
Beijos a todas e todos!
Lindo trocadilho Gone =*